O passado que me acompanhe. Não vou estagnar.

Sinto-me como quem emburrece. Escrevo menos do que ontem, estudo menos do que gostaria. Trabalho menos do que anteontem, mas muito mais do que me propus. Não sei bem por quê.

Penso bastante, mas tenho que admitir que boa parte da minha energia está canalizada para uma direção que me inquieta, porque às vezes parece errada.

Como várias teorias previram, hoje o futuro chega mais rapidamente do que antes. E antes que ele chegue, trato logo de adiar o que de verdade importa. Sofro por isso.

O que importa não é visível aos olhos. Mas a maioria dos corações não enxerga. Eles estão incrivelmente ocupados com suas buscas incessantes e individuais. Ah, mas as responsabilidades são tantas! E por incrível que pareça, as irresponsabilidades também.

Pois é, a garota hiper-certa-correta tb comete irresponsabilidades. Historicamente consigo. Com seus sentimentos. Com sua hiper-lógica-razão. Mas sempre que errou, foi tentando acertar. Mas errou feio, errou muito, errou muito feio. Errou tanto, que cansou.
E aprendeu.

Aprendeu que se até Drummond erra, ela também pode. Que droga teria ele ingerido quando disse que "A dor é inevitável e o sofrimento é opcional" ?? Ninguém sofre porque quer, porra! Não sofrer por opção seria o cúmulo da racionalização hipócrita. E sofrer por opção, o cúmulo do mazoquismo idiota.

Portanto: "A dor é inevitável e o sofrimento também".

Mas se errou, sofreu e aprendeu, o que se espera dela é que evolua.
E se evolução implica em ir de encontro ao desconhecido,
que assim seja.

O passado que me acompanhe. Não vou estagnar.

E se não passar, paciência. E se não vier, foda-se!