Metafísica do Belo

Ultimamente um dos temas que mais têm despertado o meu interesse é o tema da Beleza. De uns meses pra cá, algumas questões vêm martelando insistentemente a minha jaca.

Alguém aí saberia me dizer "Por que em geral concordamos quando uma coisa ou pessoa é de fato bonita, ou feia?" ou "Onde mora o limite entre a Beleza real e o gosto puramente pessoal?" ou ainda "O que faz com que apenas algumas obras-de-arte se tornem unanimemente reconhecidas como geniais?" e "Por que algumas músicas são tão poderosamente envolventes, à parte da letra e do esforço da mídia?"

Todas essas perguntas passeavam pela minha curiosidade quando encontrei um livro chamado "Metafísica do Belo". Não, não se trata das memórias do cárcere de um pagodeiro injustiçado... Nada disso ! São apenas algumas preleções proferidas por Arthur Schopenhauer na Universidade de Berlim lá em 1820.




Obviamente o livro não traz todas as respostas, mas grandiosamente aumenta a compreensão da realidade para além do fenômeno estético. "Metafísica do Belo" investiga a essência íntima da beleza, tanto em relação ao sujeito, que possui a sensação do belo, quanto em relação ao objeto, que o ocasiona.

Segundo Eduardo Ribeiro da Fonseca, para o autor, o belo é uma porta de acesso direto ao equilíbrio e à serenidade, pois possibilita a visão objetiva da unidade dentro da pluralidade. Ele eleva a arte a uma categoria suprema, enxergando na contemplação da Idéia uma forma momentânea de libertação do sofrimento existencial.