quinta-feira, março 24

Hora certa

Exatamente às 2h03 passei na frente da sua casa. De volta da festa pensei em interromper o seu sono e invadir o seu sonho.

Desisti. Os muitos goles não foram suficientes para que eu perdesse a noção do tempo e do bom-senso. Esse bom-senso... maldito bom-senso ! Por que razão ele não me abandona nunca, nem mesmo nas mais imprevisíveis das horas ?

3h36. Acho que agora vou dormir. Ainda sinto a minha língua formigando pelas doses proibidas de uma bebida bebida sem a graça de um fim-de-semana sem fim.

3h40.Tenho sono. Mas me sinto feliz por conseguir expressar sentimentos e sensações sem a condenação da lógica que diariamente me inquieta a alma.

E isso que nasceu para ser um e-mail discreto morrerá estampado nas linhas secretas de um diário noturno e descomprometido.